Os Estados Unidos afirmaram hoje que República Dominicana, Cuba e outras 11 nações estão no patamar mais baixo na classificação da luta contra o tráfico humano – indicação que pode resultar em sanções econômicas a essas países. “O governo da República Dominicana não cumpre plenamente os patamares mínimos para a eliminação do tráfico e não está adotando esforços significativos para fazê-lo”, assinalou o relatório relativo a 2010, divulgado hoje pelo Departamento de Estado.
“O governo dominicano não sentenciou nenhum traficante, incluídos funcionários possivelmente cúmplices do tráfico, desde 2007. Os resultados nas áreas de proteção às vítimas e prevenção do tráfico também foram limitados”, acrescentou o relatório. A República Dominicana já havia recebido essa classificação em 2003, mas, a partir de 2004 e até o ano passado, havia ficado numa lista de países em observação, que podem receber sanções se não melhoram seus esforços para combater o flagelo. Cuba recebeu a pior qualificação desde a primeira emissão desse relatório em 2000.
O governo dos EUA pode suspender a assistência econômica – não a humanitária – aos países que recebam a pior qualificação na luta contra o tráfico humano. Os EUA também podem se opor a que essas nações recebam auxílio de instituições financeiras como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
O Panamá foi o único país latino-americano, além da República Dominicana, que teve piora na qualificação e passou a integrar a lista de países em observação, após ter ficado em 2009 no nível 2, no qual estão as nações que não cumprem plenamente com os patamares mínimos para a luta contra o tráfico humano, mas que adotam esforços para alcançá-los.
A Argentina, ao contrário, teve melhora na qualificação, passando de país em observação para o nível 2. Todos os outros países latino-americanos conservaram a qualificação obtida no ano passado. Desde que o Departamento de Estado começou a divulgar esses relatórios, a Venezuela obteve a pior qualificação da região em quatro ocasiões (2004, 2005, 2006 e 2007), o Equador duas vezes (2004 e 2005) e a Bolívia em 2006.