EUA pressionam Paquistão a libertar diplomata

Os Estados Unidos ameaçaram cancelar uma reunião de alto nível com representantes paquistaneses, em protesto pela detenção de um diplomata que matou dois homens armados em Lahore, capital da província de Punjab, no final de janeiro. Segundo o Paquistão, o diplomata se chama Raymond Davis.

Representantes do Paquistão, do Afeganistão e dos EUA devem se reunir no final deste mês em Washington para tratar da guerra no Afeganistão. Um porta-voz das embaixada norte-americana em Islamabad disse apenas que os EUA não haviam ainda decidido quando a reunião será realizada.

Davis matou a tiros dois homens depois que eles se aproximaram de seu carro com armas em punho. Os homens já haviam roubado outras pessoas em Lahore. Um veículo consular que foi ajudar o diplomata atropelou e matou um pedestre. O motorista do carro escapou, mas Davis foi detido.

Os Estados Unidos dizem que Davis tem imunidade diplomática, mas um tribunal paquistanês devolveu-o, na semana passada, para a custódia da polícia e colocou seu nome numa lista de pessoas que não podem deixar o país. O diplomata deve se apresentar ao tribunal nesta sexta-feira.

O embaixador dos Estados Unidos no Paquistão, Cameron Munter, encontrou-se com o presidente Asif Ali Zardari ontem para pressionar pela libertação de Davis, informou a embaixada norte-americana. Zardari disse publicamente que o sistema judiciário paquistanês deve seguir seu curso.

Manifestos pedindo que Davis seja julgado no país ocorrem desde o final do mês passado. A situação se tornou mais instável no fim de semana, depois que a mulher de um dos homens mortos cometeu suicídio. Shumaila Fahim, de 22 anos, morreu no domingo após tomar inseticida. Pouco antes de morrer, ela disse a uma televisão local temer que Davis pudesse ser libertado. As informações são da Dow Jones.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo