O Departamento de Estado norte-americano pediu ao governo de facto de Honduras que respeite “as instalações, o pessoal diplomático e aqueles sob sua proteção” no país, em nota distribuída hoje pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil. O texto, assinado pelo porta-voz do órgão, Ian Kelly, pede ainda o retorno imediato dos direitos civis em Honduras e que o governo de facto e o presidente deposto, Manuel Zelaya, aceitem a intermediação da Organização dos Estados Americanos (OEA) para que se chegue a uma resolução para a atual crise.
“Lembramos ao regime de facto suas obrigações no âmbito das Convenções de Viena, de respeitar instalações e pessoal diplomático e aqueles sob sua proteção”, diz a nota assinada por Kelly. “O cumprimento dessas obrigações é um componente necessário do diálogo entre as nações e constrói as práticas de engajamento, tolerância e compreensão necessárias para a resolução pacífica de disputas.”
O texto afirma ainda que os “Estados Unidos veem com grande preocupação o decreto publicado pelo regime de facto de Honduras suspendendo direitos civis e políticos fundamentais” e pede ao regime de facto a rescisão imediata do decreto.
O porta-voz convocou os líderes políticos de Honduras para que se empenhem em um processo de diálogo “que conduza a uma resolução duradoura e pacífica para a atual crise” e para que o “regime de facto e o presidente Zelaya façam uso da boa vontade e da solidariedade oferecidas pelo presidente (Oscar) Arias, da Costa Rica, pela Organização dos Estados Americanos e por outros membros da comunidade internacional a fim de facilitar, dentro do escopo das conversas de San Jose, tal resolução”.