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EUA: pai e mãe negam tortura de seus 10 filhos, retirados de casa por autoridades

Ina Rogers, moradora de Fairfield, no norte da Califórnia (EUA), negou que ela e o marido tenham abusado de seus 10 filhos, depois de as autoridades afirmarem que as crianças sofreram machucados perfurocortantes, queimaduras, hematomas e ferimentos consistentes com tiros de chumbinho.

As crianças têm idades entre 4 meses a 12 anos e foram retiradas de casa no dia 31 de março, depois que Ina informou a polícia que seu filho mais velho estava desaparecido. A informação foi divulgada pelas autoridades da cidade na segunda-feira, 14. Os policiais foram até a casa da família e encontraram condições imundas, de acordo com o tenente Greg Hurlbut.

“Os policiais encontraram condições de vida insalubres e inseguras, incluindo lixo e alimentos estragados no chão, fezes humanas e de animais e uma grande quantidade de detritos, fazendo com que não fosse possível caminhar em algumas áreas da casa”, disse o tenente.

Autoridades ainda apontaram que as crianças estavam feridas, e que alguns dos machucados pareciam ser resultados de tiros com uma pistola de chumbinho.

O pai, Jonathan Allen, de 29 anos, foi preso na sexta-feira, 11, depois que seus filhos foram ouvidos pelas autoridades. Ele alegou inocência sobre sete acusações de tortura e nove acusações de abuso de menores. As crianças não precisaram receber cuidados médicos quando foram removidas da casa, mas as histórias sobre abuso surgiram nos últimos dias, conforme os menores gradualmente falaram sobre os incidentes, que acontecem há vários anos.

A vice-promotora do condado de Solano, Sharon Henry, disse que ficou “horrorizada” com as declarações das crianças e ressaltou que a tortura foi realizada sob “propósitos sádicos”.

Ina, de 30 anos, foi presa por suspeita de negligência no mês passado, e libertada depois de pagar uma fiança de US$ 10 mil. A mãe também negou que ela ou o marido tenham abusado das crianças. “Não há ossos quebrados, não há grandes cicatrizes, nada”, disse a mãe a repórteres. “Meus filhos se esbarram, se machucam e se arranham porque são crianças, mas é só isso”, afirmou.

Ela deixou que os jornalistas entrassem em sua casa, que tem quatro quartos, paredes arranhadas e fezes de animais no banheiro. A mulher disse que as crianças dormiam em apenas um quarto porque eram próximas. Os berços estavam dentro de um armário do mesmo cômodo. Os outros quartos eram utilizados como quarto principal, sala de jogos e sala de meditação.

Ina disse que sua casa estava bagunçada no dia em que os policiais foram até lá porque ela teria revirado tudo procurando o filho desaparecido. Ela afirmou que o menino estava com raiva porque os pais haviam tirado seu computador. A mãe ainda revelou sentir que a família é julgada por ter muitos filhos e por ter escolhido educá-los em casa. Tanto ela como o marido vêm de famílias disfuncionais e queriam uma família grande, justificou.

Ela ainda disse que autoridades de proteção à criança visitaram sua casa há alguns anos, mas não disse o porquê, e acrescentou que trabalha durante a noite, como técnica de eletrocardiograma, e que o marido é tatuador. Fonte: Associated Press.

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