O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, insistiu nesta quarta-feira que seu país não teme a China, mesmo após anunciar um novo acordo de segurança com a Austrália visto como uma resposta à crescente agressividade dos chineses. O acordo, anunciado em conferência conjunta com a primeira-ministra australiana, Julia Gillard, ampliará a presença militar dos EUA na Austrália, posicionando mais equipamentos norte-americanos ali e aumentando o acesso americano a bases.

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Cerca de 250 fuzileiros navais dos EUA começarão a fazer um rodízio no norte australiano no ano que vem. No total, 2.500 militares dos EUA devem passar pela Austrália nos próximos anos.

“Eu acho que a noção de que nós tememos a China é errada. A noção de que estamos buscando excluir a China está errada”, afirmou Obama. Os EUA e nações pequenas da Ásia mostram preocupação com o fato de a China reivindicar a posse de grandes áreas do Pacífico que para os norte-americanos são águas internacionais, além de retomar disputas territoriais, incluindo confrontações no Mar do Sul da China. Os gastos militares chineses cresceram três vezes desde os anos 1990 e ficaram em cerca de US$ 160 bilhões no ano passado.

Obama chegou à Austrália na tarde da quarta-feira. Antes, havia cancelado duas visitas ao país, para ficar em Washington cuidando da agenda política interna. “Eu estava determinado a vir por uma simples razão. Os Estados Unidos da América não têm aliado mais forte que a Austrália”, disse ele.

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A China afirmou que o envio de fuzileiros navais norte-americanos para o norte do território australiano “pode não ser muito apropriado”, segundo um porta-voz da chancelaria em Pequim, Liu Weimin. Segundo o funcionário, a iniciativa pode não ser do interesse do países da região. Os EUA logo responderam: o vice assessor nacional de segurança Ben Rhodes disse que a ação “é inteiramente apropriada”.

As informações são da Associated Press.

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