Cerca de metade dos norte-americanos desaprova a resposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos massacres no Texas e em Ohio, e amplas maiorias apoiam iniciativas do Congresso norte-americano para ampliar as verificações de todas as vendas de armas, segundo uma nova pesquisa conjunta de Wall Street Journal e NBC News.
A pesquisa, realizada após os ataques a tiros em El Paso, no Texas, e em Dayton, Ohio, mostra uma nação preocupada com a violência armada. Sessenta e oito por cento dos entrevistados expressaram preocupação de que os EUA registrem outro tiroteio em massa ou ataque de nacionalistas brancos que tenham como alvo pessoas com base em sua cor ou país de origem, com 55% dizendo estarem “muito preocupados”. Essas preocupações vão além do terrorismo, com 50% expressando medo de outro grande ataque terrorista.
O público vê a retórica do presidente como menos culpada pelos atentados em massa do que a forma como as informações são compartilhadas nas mídias sociais, a falta de tratamento efetivo para doenças mentais ou a cobertura da mídia sobre os incidentes. Mas a pesquisa aponta que 54% sentem que Trump tem alguma responsabilidade pelos tiroteios devido à sua linguagem em discursos e no Twitter. No geral, a pesquisa descobriu que 36% aprovam a maneira pela qual Trump lidou com as consequências dos dois tiroteios, com 52% expressando desaprovação.
Setenta e cinco por cento dos entrevistados na pesquisa apoiam fortemente a expansão das verificações de antecedentes para compra de armas, e outros 14% apoiam em parte as mudanças. Apenas 10% expressaram oposição. A pesquisa também descobriu que 57% apoiam fortemente a legislação de “bandeira vermelha”, que busca impedir temporariamente que pessoas consideradas perigosas acessem armas de fogo. Outros 19% dão apoio parcial à medida, enquanto 22% mostram alguma forma de oposição.
Ainda de acordo com a pesquisa, 45% dos entrevistados estão preocupados que o governo possa ir longe demais ao restringir os direitos dos cidadãos de possuir armas, enquanto 50% temem que o governo não faça o suficiente para regular o acesso a armas de fogo. Fonte: Dow Jones Newswires.