Os Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira (13), no Afeganistão sua mais poderosa bomba não nuclear, que teve por alvo um sistema de túneis e cavernas usadas pelo Estado Islâmico (EI). Desenvolvido na Guerra do Iraque, o dispositivo nunca havia sido usado no campo de batalha.
A ofensiva é mais um sinal do crescente militarismo da administração Donald Trump, que na semana passada bombardeou uma base aérea na Síria em retaliação a um ataque com armas químicas cuja responsabilidade os EUA atribuem a Bashar Assad.
O explosivo lançado nesta quinta-feira é conhecido como a “mãe de todas as bombas” e seu nome oficial é GBU-43 ou Massive Ordnance Air Blast (MOAB). Seu tamanho é dez vezes maior que a maior bomba do arsenal convencional dos EUA. Sua potência equivale a onze toneladas de dinamite, o que é elevado, mas representa menos da metade do poder do menor dispositivo nuclear já construído pelos EUA.
O quartel-general dos EUA em Cabul afirmou em nota que a bomba foi lançada às 19h32 (12h02 em Brasília) no distrito de Achin, na província de Nangarhar, perto da fronteira com Paquistão. Nesta remota região os jihadistas do EI se assentaram para estender sua presença na que chamam Província de Khorasan (parte de seu autodeclarado califado).
Segundo a emissora “CNN”, o Pentágono enviou drones de reconhecimento e está utilizando satélites para quantificar o dano e resultado do lançamento da bomba.
O que você precisa saber sobre a MOAB:
– Os primeiros testes começaram em 2003, mas o artefato ficou disponível para uso do exército americano somente em 2008.
– A “mãe de todas as bombas” nunca havia sido utilizada em combate até então.
– O peso total da bomba é de aproximadamente nove toneladas, oito de puro explosivo. A potência equivale a onze toneladas de dinamite.
– Tem a mesma capacidade de uma bomba nuclear de pequeno porte. É considerada a maior bomba não nuclear já fabricada.
– O conceito da bomba foi desenvolvido pela primeira vez na Guerra do Vietnã. O nome do projeto era BLU-82B/C-130, apelidado de “Daisy Cutter” (cortador de margarina). Já apresentava um grande raio de devastação e era muito usada para derrubar florestas. O som estrondoso e o clarão provocados pela explosão era usados como “arma psicológica” para intimidar o inimigo.