O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse neste sábado que os apoiadores da oposição síria vão intensificar a ajuda militar e outras formas de colaboração em uma tentativa para acabar com o que ele chama de “desequilíbrio” existente a favor do presidente da Síria, Bashar al-Assad.
Kerry, em discurso na conferência “Amigos da Síria”, de ministros das Relações Exteriores, no Catar, disse que Washington permanecia comprometido com um plano de paz, que inclui uma conferência em Genebra e um governo de transição escolhido tanto por Assad quanto pela oposição.
Os rebeldes precisam de mais apoio “para que sejam capazes de chegar a Genebra e para corrigir o desequilíbrio local”, disse Kerry. “Os Estados Unidos e outros países aqui – em suas várias formas, cada um escolhendo a sua própria abordagem – vão aumentar o alcance e a escala de assistência à oposição política e militar”, disse ele.
Kerry acusou ainda Assad de “internacionalização” do conflito, que já custou cerca de 100 mil vidas, trazendo o apoio do Irã e do Hezbollah, movimento xiita libanês. O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou planos para reforçar a assistência aos rebeldes depois de concluir que Assad cruzou a linha indicada pelo uso de armas químicas.
Mas os Estados Unidos disseram pouco sobre sua própria assistência, com Obama expressando preocupação sobre como se tornar muito envolvido em um conflito cada vez mais sectário. Fonte: Dow Jones Newswires.