A Agência Nacional de Segurança em Transporte dos Estados Unidos abriu uma investigação sobre o pouso abortado do avião que levava a primeira-dama Michelle Obama nesta semana. Embora pousos abortados não sejam incomuns e aparentemente Michelle não tenha corrido sério risco, o episódio se transformou num problema para a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês).
Funcionários da agência tiveram dificuldades para acalmar o nervosismo do público ocasionado pela suspensão de nove controladores de tráfego e supervisores em todo o país nas últimas semanas, dentre eles cinco por terem dormido durante o trabalho.
O incidente envolvendo a primeira-dama e Jill Biden, mulher do vice-presidente Joe Biden, ocorreu por volta das 17h de segunda-feira, quando um Boeing 737, pertencente à Guarda Aérea Nacional – um dos vários aviões usados pela Casa Branca -, ficou a aproximadamente cinco quilômetros de um enorme cargueiro C-17 quando as duas aeronaves se aproximavam da base aérea Andrews, em Maryland, para pousar.
A FAA exige uma distância mínima de oito quilômetros entre os dois aviões quando o avião na frente é tão grande quanto o cargueiro militar de 200 toneladas, para evitar a perigosa turbulência que pode afetar severamente o avião que se move mais lentamente.
Os controladores aéreos de Andrews inicialmente ordenaram que o avião de Michelle Obama realizasse uma série de manobras para se distanciar do jato militar. Como a distância mínima não foi alcançada, os controladores concluíram que não havia tempo suficiente para que o cargueiro saísse da pista antes do avião presidencial pousar. Os controladores então disseram ao piloto do avião que executasse um retorno – interromper o pouso e começar a subir novamente – e circulasse o aeroporto.
A FAA também investiga o incidente como um possível erro dos controladores da instalação regional de radar em Warrenton, Virgínia, que cuida das aproximações e decolagens de vários aeroportos, dentre eles o de Andrews, onde o avião presidencial, o Air Force One, é mantido. As informações são da Associated Press.
