Em resposta às recentes ameaças de mísseis do Irã e Coreia do Norte, os Estados Unidos têm intensificado os investimentos em navios e destróieres da Marinha, com sistemas de radares de alta tecnologia e interceptadores de mísseis, que carregam o sistema Aegis.
“Eles dão capacidade de combate aos comandantes, que permitem uma posição (dos navios) adequada, e nós sentimos que este é um bom investimento”, disse Bill Gortney, comandante das forças norte-americanas em Norfolk.
Ao todo, a Marinha norte-americana possui 28 navios de defesa antimísseis, sendo 16 alocados no Pacífico e 12 no Atlântico. A expectativa está em elevar o número para 30 até o final de 2018, com novos financiamentos nos próximos anos. O custo médio para a atualização dos navios, com o sistema de radares Lockheed Martin Aegis e com os mísseis the Raytheon SM-3, gira em torno de US$ 45 milhões.
Durante a operação na Líbia, em 2011, mísseis lançados pela Marinha dos EUA desarmaram o sistema aéreo sírio, sem a necessidade de enviar jatos ou colocar as tropas norte-americanas em risco de um ataque terrestre.
Anthony Cordesman, especialista em segurança nacional do Centro de Estratégias e Estudos de Washington, disse que os navios permitem uma ampla defesa, que identifica rapidamente alertas e detalhes de um ataque de mísseis em diversos lugares do mundo.
Ao mesmo tempo, Cordesman diz que os navios de defesa antimísseis exigem constantes atualizações dos radares, sensores e mísseis, tornando-os armentos com custo elevado. “Nós veremos cada vez mais melhores mísseis e ogivas, e isso significa que os navios terão que ser atualizados”. Mas isso, segundo o especialista, ainda possui custo inferior às aeronaves das forças armadas.
Outro ponto destacado é o tempo necessário para manter os navios e tripulantes no mar. Enquanto os tripulantes da maior parte dos navios da Marinha ficam cerca de seis meses e meio no mar e três anos em casa, os tripulantes dos navios antimísseis passam mais de sete meses e meio no trabalho e pouco mais de dois anos em casa. As informações são da Associated Press.