O governo do presidente Barack Obama incluiu dois dos principais interlocutores da Síria com o Ocidente na lista de suas sanções impostas contra o país governado por Bashar Assad, intensificando seus esforços para isolar o presidente sírio, que tem reprimido seus opositores de forma violenta.

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O Departamento do Tesouro informou nesta terça-feira que incluiu em sua lista negra do ministro de Relações Exteriores Walid Moallem, ex-embaixador sírio em Washington, e Bouthaina Shaaban, importante conselheiro político e de comunicação de Assad.

Os dois atuaram como importantes canais diplomáticos de Damasco nos últimos anos, enquanto o governo Obama tentava melhorar suas relações com a Síria. Moallem teve um papel central nas fracassadas conversações entre Síria e Israel.

A reaproximação com Damasco foi interrompida nos últimos meses e Washington aumentou suas críticas à violenta repressão do regime de Assad. A Organização das Nações Unidas estima que mais de 2 mil sírios tenham sido mortos desde o início do levante, em meados de março.

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O Tesouro também anunciou que o embaixador da Síria no Líbano, Ali Abdul Karim Ali, entrou para a lista dos sancionados.

“Tendo como base nossas sanções contra todo o governo da Síria, elevamos a pressão direta aos três graduados integrantes do regime de Assad, que são os principais defensores das atividades do regime”, disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, David Cohen, em comunicado por escrito.

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As sanções aplicadas pelo Tesouro significam que quaisquer ativo dessas pessoas em território norte-americano ficam congelados e proíbem empresas norte-americanas de realizar qualquer atividade comercial com esses cidadãos sírios. Um representante da embaixada síria em Washington não quis comentar a decisão. As informações são da Dow Jones.