Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar um decreto autorizando a imposição de sanções a pessoas e entidades envolvidas na ofensiva militar turca no nordeste da Síria, Washington anunciou ter bloqueado os ativos sob jurisdição americana dos Ministérios de Energia e Recursos Naturais e da Defesa da Turquia bem como dos ministros à frente das pastas, Fatih Dönmez e Hulusi Akar, respectivamente, e do ministro do Interior, Süleyman Soylu.
Os alvos das sanções foram designados pelos secretários do Tesouro e de Estado dos EUA, Steven Mnuchin e Mike Pompeo. Pessoas e entidades que fizerem transações com esses alvos também estarão sujeitas a punições, segundo o governo americano.
A medida assinada por Trump inclui ainda uma declaração de emergência nacional pela situação na Síria e o aumento da alíquota de tarifas americanas sobre aço importado da Turquia de volta para 50%, nível que valia até uma redução anunciada em maio.
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro afirmou que as punições não têm a intenção de “afetar ou interromper a operação de ONGs internacionais humanitárias ou das Nações Unidas na Turquia na prestação de assistência humanitária a comunidades sírias que a necessitam”.
Além disso, o órgão acrescentou estar preparado para emitir autorizações, conforme apropriado, para assegurar que as sanções “não causem a ruptura da capacidade da Turquia de atender as suas necessidades de energia”.
Junto com as sanções, o OFAC também emitiu licenças autorizando “negócios oficiais do governo dos Estados Unidos conduzidos por funcionários, bolsistas ou fornecedores” em conexão com os alvos de congelamento de ativos e um período de isenção de 30 dias para transações e atividades envolvendo os ministérios turcos afetados.
“Para evitar que sofra sanções adicionais impostas sob esse novo decreto, a Turquia tem de cessar imediatamente a sua ofensiva unilateral no nordeste da Síria e retornar ao diálogo com os Estados Unidos sobre a segurança no nordeste da Síria”, ressaltou Mike Pompeo.