EUA fecham embaixada no Iêmen após ameaças

A embaixada dos Estados Unidos no Iêmen foi fechada neste domingo “em resposta às persistentes ameaças da Al-Qaeda na Península Arábica (AQAP, na sigla em inglês) de atacar interesses americanos no Iêmen”, informou um comunicado divulgado no site da embaixada.

Na quinta-feira, a missão dos EUA enviou uma mensagem aos cidadãos americanos no país, lembrando da “contínua ameaça de ações terroristas e violência contra cidadãos e interesses americanos ao redor do mundo”.

A AQAP convocou mais ataques a ocidentais na Península Arábica depois de assumir responsabilidade pelo fracassado ataque a um avião dos EUA no Natal. “Nós convocamos todo muçulmano que se preocupa com sua religião e doutrina para ajudar a expulsar os abjurados da Península Arábica, matando todo cruzado que trabalha nas embaixadas deles ou em outros lugares, e declarar uma guerra contra todo cruzado na península de Mohammad em terra, ar e mar”, disse o comunicado da AQAP.

Polícia antiterror

Os Estados Unidos e o Reino Unido concordaram em financiar uma polícia antiterrorismo no Iêmen depois que o presidente dos EUA, Barack Obama, culpou ontem pela primeira vez a unidade da Al-Qaeda no Iêmen pelo ataque fracassado.

No dia 17 de setembro de 2008, a Embaixada dos EUA foi alvo de um ataque de responsabilidade da Al-Qaeda, no qual 19 pessoas morreram – sete suicidas e outras 12 pessoas, incluindo guardas e civis. No mês passado, o jornal do Ministério da Defesa afirmou que uma incursão no norte da capital no dia 17 de dezembro matou quatro suspeitos e frustrou uma conspiração para bombardear a Embaixada do Reino Unido em Sanaa.

O Iêmen saudou hoje a decisão dos EUA e do Reino Unido de financiar a força antiterrorismo. Uma autoridade que não quis se identificar também informou à AFP que Sanaa precisaria de ajuda para modernizar sua guarda costeira “à luz do perigo proveniente da Somália”. Os insurgentes Shebab na Somália prometeram na sexta-feira enviar militantes no Golfo do Áden para o Iêmen, para ajudar a unidade afiliada da Al-Qaeda por trás do bombardeio fracassado do avião dos EUA. As informações são da Dow Jones.

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