Num esforço para reduzir os danos nas relações com seus principais aliados, a Casa Branca enfatizou ontem que as mensagens diplomáticas divulgadas pelo site WikiLeaks não representam posição dos EUA nem se refletem automaticamente nas decisões de política externa. Também qualificou de “ridículo” o apelo do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pela renúncia da secretária de Estado, Hillary Clinton.

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Cedendo às pressões do governo americano, o servidor Amazon.com concordou em não dar acesso ao site WikiLeaks. O anúncio da expulsão da página pela Amazon foi feito pelo senador americano Joe Lieberman, (independente, que normalmente vota com os democratas). O servidor é um dos mais utilizados pela organização. O site, que não saiu do ar, classificou a ação da Amazon como “censura” e anunciou que passaria a utilizar-se de servidores europeus.

Enquanto buscava fechar o cerco ao WikiLeaks e Assange, o presidente Barack Obama designou uma comissão que investigará o caso e criará medidas para conter as divulgações do WikiLeaks e evitar a revelação de mais segredos.

Ao mesmo tempo, o esforço para conter os efeitos do vazamento se intensificava em Astana, no Casaquistão, onde Hillary se submeteu à prova de fogo de lidar com o incidente diante de líderes europeus – muitos deles, alvo de duros adjetivos nos telegramas enviados a Washington. A chanceler alemã, Angela Merkel, foi descrita numa das mensagens como uma líder sem imaginação e “avessa ao risco”. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, recebeu a qualificação de “suscetível e autoritário”, e o premiê britânico, David Cameron, não teria profundidade, segundo os telegramas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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