EUA e UE prometem defender direitos da mulher afegã

A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse hoje que as mulheres afegãs não serão esquecidas apesar dos temores de que os esforços de paz e a diminuição da presença de tropas estrangeiras no país possa levar islamitas extremistas ao governo. Hillary e a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, afirmaram às líderes femininas em Cabul que o Ocidente não vai permitir que o Afeganistão retorne aos dias de governo do Taleban, quando questões relacionadas às mulheres e a seus direitos foram restringidos ou ignorados.

“Nós entendemos a razão dessas preocupações”, disse Hillary a um grupo de cerca de 15 ativistas dos direitos das mulheres. “Este é um compromisso pessoal meu. Eu não quero que ninguém fique com uma impressão errada.” A paz no Afeganistão “não pode chegar ao custo das mulheres e de suas vidas”, disse. As declarações foram dadas antes da realização de uma conferência internacional sobre o futuro do Afeganistão, na qual líderes afegãos devem apresentar seus planos para reintegrar militantes à sociedade.

Em nome da UE, Ashton afirmou que esse também é o sentimento europeu. “Não vamos deixá-las”, afirmou. “Vamos apoiar vocês.” A perspectiva de um governo comandado pelo Taleban alarmou muitas mulheres afegãs, especialmente depois de o presidente Barack Obama ter declarado sua intenção de começar a retirar tropas norte-americanas do país no próximo verão (no hemisfério norte) em meio a inquietações nos EUA sobre o curso da guerra.

Fouzia Kofi, que já atuou no Parlamento afegão, disse a Hillary e a Ashton que entende que é difícil convencer os ocidentais da importância da questão, tendo em vista os profundos temores de uma “guerra sem fim”. “Eles precisam entender que a paz com o Taleban e levar o grupo a negociar um compromisso sobre os direitos humanos básicos e sobre os direitos das mulheres significa retornar centenas de anos neste país”, disse Kofi.

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