Estados Unidos e União Europeia (UE) criticaram nesta terça-feira o novo projeto de Israel para a construção de 1.100 novas moradias para colonos judeus em Jerusalém oriental.
O governo dos Estados Unidos disse que está “profundamente desapontado” e a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, afirmou que o projeto “deve ser revertido”
“Estamos profundamente desapontados”, disse a porta-voz do Departamento de Estado Victoria Nuland, que afirmou que a medida é contraproducente em relação aos esforços para fazer com que israelenses e palestinos voltem a negociar de forma direta.
Ashton disse ao Parlamento europeu que foi com “profundo pesar” que ficou sabendo dos planos de novas construção israelenses.
Falando em Estrasburgo, na França, ela afirmou que a expansão dos assentamentos “ameaça a viabilidade de uma solução de dois Estados”, projeto apoiado pelo chamado Quarteto de mediadores para o Oriente Médio, grupo formado por União Europeia, Estados Unidos, Rússia e Organização das Nações Unidas.
“Este plano precisa ser revertido”, disse ela a respeito das novas construções israelenses em Jerusalém oriental.
Com a paralisação das negociações de paz nos últimos três anos, os palestinos decidiram pedir, na semana passada, o reconhecimento do Estado palestino pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), tendo como base as fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, de 1967.
Embora a medida não traga resultados práticos, os palestinos acreditam que o apoio internacional vai reforçar sua posição em futuras negociações.
Os Estados Unidos prometeram vetar o pedido palestino no Conselho de Segurança. Os governo israelense e norte-americano afirmam que o estabelecimento de um Estado palestino só pode ocorrer por meio de negociações entre Israel e os palestinos.
Nesta terça-feira, o Ministério do Interior de Israel informou que seu comitê de planejamento distrital aprovou um plano para a construção de 1.100 novas casas em Gilo, assentamento em Jerusalém Oriental.
O comunicado do ministério informa que, a partir desta terça-feira, a iniciativa ficará sob 60 dias disponível para objeções públicas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
