O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, projetam a formação de uma frente unida para lidar com a guerra civil que há mais de dois anos assola a Síria.
Erdogan foi recebido por Obama na Casa Branca nesta quinta-feira, mas os dois líderes mantiveram suas divergências fora do debate público, apesar de a Turquia estar pressionando os EUA a assumirem uma postura mais ativa em relação a uma possível deposição do presidente da Síria, Bashar Assad.
Em entrevista coletiva conjunta concedida hoje nos jardins da Casa Branca, Erdogan esquivou-se de uma pergunta sobre o que esperava de Obama em relação a Assad. Obama, por sua vez, salientou que os EUA não agiriam sozinhos.
O presidente norte-americano disse acreditar que a diplomacia ainda pode ter resultado. Segundo ele, os EUA e a Turquia vão continuar aumentando a pressão para depor Assad.
Tanto Obama quanto Erdogan, no entanto, conclamam a Síria e a comunidade internacional a cerrar fileiras para pôr fim a um conflito que já deixou dezenas de milhares de mortos.
Eles esperam que uma iniciativa que envolve Washington, Moscou e outras capitais seja capaz de levar governo e rebeldes à mesa de negociações para buscar uma solução política para a guerra civil.
Durante a coletiva, Obama disse que a única forma de resolver a crise é Assad entregar o poder a um governo de transição. Ele disse que a Turquia terá uma participação importante nesse processo.
“Vamos manter uma pressão crescente sobre o regime de Assad e trabalhar com a oposição síria”, disse Obama. “Nós dois concordamos que Assad precisa ir.”
Obama disse que os EUA vão continuar a ajudar os países da região a cuidar dos refugiados, com o envio de ajuda humanitária.
Erdogan salientou que os EUA e a Turquia têm objetivos idênticos a respeito da Síria. Nenhum dos líderes mencionou divergências sobre como lidar com a sangrenta guerra civil no país. As informações são da Associated Press.