O Secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse ao ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, que a Casa Branca vai responder à recente decisão de Moscou de expulsar diplomatas americanos até 1º de setembro e que os dois países precisam lidar com o clima de desconfiança gerado por suspeitas de que os russos interferiram na eleição presidencial dos EUA do ano passado.

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Tillerson, que falou nesta segunda-feira a jornalistas durante uma conferência regional da Ásia nas Filipinas, relatou ter dito a Lavrov durante reunião ocorrida ontem que espera que a Rússia “entenda a seriedade desse incidente e como ele afetou seriamente as relações entre…os povos americano e russo”.

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“Nós simplesmente temos de encontrar uma forma de lidar com isso”, afirmou Tillerson a Lavrov. Não houve comentários imediatos de autoridades russas.

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Tillerson e Lavrov se reuniram por uma hora no domingo, às margens da conferência, num encontro bastante aguardado após o ambiente negativo gerado pela decisão do Congresso dos EUA de adotar sanções contra os EUA.

As sanções, que o presidente dos EUA, Donald Trump, aprovou com relutância, têm o objetivo de punir a Rússia depois que órgãos de inteligência americanos concluíram que Moscou tentou interferir na eleição que deu a vitória ao republicano. Em retaliação, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que os EUA terão de cortar 755 diplomatas e outros funcionários na Rússia até setembro.

Tillerson comentou ter pedido a Lavrov que esclareça várias questões sobre a iniciativa de expulsar os diplomatas e prometeu que os EUA responderá até 1º de setembro.

Trump questionou publicamente as conclusões de órgãos de inteligência sobre a eleição e rejeitou investigações do Congresso e de um procurador especial do Departamento de Justiça sobre a questão. A Rússia nega ter se envolvido na campanha eleitoral dos EUA.

Ucrânia

Tillerson disse também que Lavrov mostrou “alguma disposição” de resolver as tensões entre Rússia e Ucrânia. Os dois países estão envolvidos em um conflito desde 2014, quando Moscou decidiu anexar a península da Crimeia e separatistas apoiados por Moscou iniciaram uma guerra na região leste da Ucrânia. Fonte: Dow Jones Newswires.