Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Rússia, Dmitry Medvedev, assinaram hoje uma declaração conjunta por meio da qual prometem buscar um novo acordo de redução de seus arsenais nucleares em substituição ao Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start, na sigla em inglês), de 1991, anunciou a Casa Branca. “Os presidentes assinaram uma declaração conjunta de entendimento para um acordo com o objetivo de suceder o Start e se ater a um tratado com força de lei para reduzir os arsenais nucleares”, diz a nota da Casa Branca.
“Um acordo sucessor do Start sustenta diretamente os objetivos delineados pelo presidente (Obama) durante seu discurso em Praga (capital da República Tcheca) e demonstrará a liderança de EUA e Rússia na implementação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP)”, prossegue o documento.
Os acordos militares e uma série de outros convênios foram anunciados depois de Obama e Medvedev se reunirem por cerca de quatro horas no Kremlin. A meta do futuro acordo referente aos arsenais atômicos estratégicos será a de reduzir o número de ogivas nucleares mantidas pelos dois países a algo entre 1,5 mil e 1.675. O Start e o chamado Tratado de Moscou, ambos atualmente em vigor, limitam os arsenais atômicos estratégicos dos dois países a 2.200 ogivas. A validade do Start expira em dezembro.
Espaço aéreo
E confirmando o anúncio feito na sexta-feira por Serguei Prikhodko, assessor especial de Relações Exteriores do Kremlin, a Rússia autorizou hoje o uso de seu espaço aéreo para o trânsito de tropas e armas dos EUA com destino ao Afeganistão, diz uma nota sobre os acordos selados hoje, durante a primeira visita oficial de Obama à Rússia.
O acordo sobre o uso do espaço aéreo russo permitem que 4,5 mil voos norte-americanos por ano, ou 12 por dia, transportem soldados, armas, munições, veículos militares e peças de reposição, disse um funcionário norte-americano. O acordo prevê somente a utilização do espaço aéreo russo, sem que ocorram escalas. Até agora, a Rússia permitia somente a passagem de suprimentos não letais em carregamentos ferroviários. As informações são da Dow Jones.