Acordo

EUA e Irã aceleram negociações sobre programa nuclear

A um mês da data limite para se definir um acordo final, diplomatas norte-americanos e iranianos se reuniram em Genebra neste sábado, em um esforço para tentar superar as diferenças sobre como aliviar rapidamente as sanções econômicas contra Teerã e como o Irã deve abrir significativamente os complexos militares para inspeções internacionais.

As negociações entre o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, devem se estender para o domingo, em uma rodada que autoridades têm descrito como a mais importante desde que potências mundiais e Teerã firmaram a estrutura para um pacto em abril.

Esse acordo, no entanto, deixou grandes perguntas sem resposta, que semanas de discussões técnicas ainda não conseguiram resolver.

Questionado sobre a possibilidade de concluir um acordo pleno até 30 de junho, Zarif disse neste sábado: “Vamos tentar”.

As potências mundiais acreditam que conseguiram fazer com que o Irã aceite uma combinação de restrições nucleares que cumprem um objetivo maior: manter Teerã a, pelo menos, um ano de atingir a capacidade de fabricação de bombas por uma década. Mas eles são menos claros sobre como eles vão garantir que o Irã respeite totalmente qualquer acordo.

Várias autoridades iranianas, incluindo o aiatolá Ali Khamenei, prometeram publicamente limitar o acesso ou até mesmo evitar que agentes de monitoração entrem em instalações científicas e militares importantes.

Os EUA dizem que esse acesso deve ser garantido ou não haverá acordo final. Um relatório da agência nuclear da ONU declarou que o trabalho está essencialmente estagnado em sua análise plurianual de atividades passadas do Irã.

Os iranianos também não estão totalmente satisfeitos. Os problemas não solucionados incluem o ritmo em que os Estados Unidos e outros países devem aliviar as sanções internacionais contra o Irã e como a comunidade internacional deverá agir se os iranianos forem pegos em alguma infração. Fonte: Associated Press.

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