A passagem de um navio da Marinha dos EUA na semana passada perto das ilhas artificiais no Mar do Sul da China não é uma ameaça militar, disse o chefe das forças militares dos EUA no Pacífico, Harry B. Harris, nesta terça-feira, em um discurso na maior parte otimista sobre perspectivas de prevenção nas disputadas entre os EUA e a China após uma escalada no conflito.

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Harry B. Harris citou uma recente declaração do secretário de Defesa norte-americano, Ash Carter, que a ordem internacional “enfrenta desafios da Rússia e, de uma maneira diferente, da China, com as suas reivindicações marítimas ambíguas”, incluindo a alegação de Pequim para quase todo o Mar do Sul da China.

No entanto, Harris disse que a decisão de enviar o USS Lassen, um míssil teleguiado, na semana passada ao Mar do Sul da China, foi tomada para demonstrar o princípio da liberdade de navegação.

“Eu realmente acredito que essas operações de rotina não devem ser interpretadas como uma

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ameaça para qualquer país”, disse Harris, de acordo com suas observações preparadas.

Estas operações “servem para proteger os direitos, liberdades e usos legais do mar e do espaço aéreo garantido para todas as nações sob a lei internacional”.

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Na semana passada, o navio USS Lassen passou por uma área reivindicada pela China e pelas Filipinas. Desde 2013, a China acelerou suas ações para garantir o controle da área, construindo ilhas artificiais. Além disso, foram construídos também prédios, portos e pistas de pouso grandes o suficiente para receber jatos de combate, o que é visto como uma tentativa de mudar o status territorial da região. Para os EUA, a China fez as construções em águas internacionais e não pode reivindicar a área como seu território.

Durante uma reunião de autoridades militares do alto escalão dos EUA e da China nesta terça-feira em Pequim, o principal general chinês expressou novamente o ressentimento de seu país

sobre o navio de guerra dos EUA que navegou pelas águas reivindicadas pela China, ao mesmo tempo, expressando esperança de que os dois lados poderiam construir ainda mais a confiança.

A China protestou contra a patrulha de Lassen, chamando-a de “provocação deliberada” e enviou dois navios de guerra para acompanhar o navio norte-americano, além de ter emitido avisos. Embora a China classificou a ação como ilegal, a lei internacional permite que

navios de guerra passem por águas territoriais “em outros países sob o princípio de passagem inocente”.

Na reunião de hoje entre Harris e o general Fang Fenghui, chefe geral das forças armadas da China, Fang disse que a embarcação dos EUA lançou um impasse nas negociações e reiterou que as reivindicações chinesas para Mar da China Meridional vêm desde os tempos antigos. Fonte: Associated Press.