As violações aos direitos humanos no Irã e em Cuba continuam a preocupar o governo dos Estados Unidos, apesar das tentativas de aproximação do país com ambas nações, de acordo com um relatório do Departamento de Estado norte-americano divulgado nesta quinta-feira.

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As críticas ocorrem dias antes da retomada das negociações sobre um acordo nuclear com o Irã e semanas antes das esperadas reaberturas das embaixadas em Washington e Havana.

O relatório acusou o Irã de “restringir duramente” diversas liberdades civis e de tomar poucas ou nenhuma medida para punir os responsáveis.

“O Irã continua a restringir duramente as liberdades civis, incluindo as liberdades de reunião, de discurso, de religião e imprensa e tem a segunda maior taxa de execução de cidadãos no mundo, em processos legais que não respeitam a própria constituição do país e normas internacionais”, diz o relatório.

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Em Cuba, a investigação sobre a violação de direitos humanos concluiu que o governo continua a usar ameaças e intimidação para oprimir dissidentes pacíficos, em 2014.

Apesar de Cuba ter libertado 53 prisioneiros políticos como parte do processo de normalização das relações com os Estados Unidos, o relatório observou que, em 2014, ocorreu o maior número de prisões arbitrárias de dissidentes nos últimos cinco anos. Além disso, apesar de o governo ter indicado em 2014 que iria expandir o acesso à internet e telecomunicações “o bloqueio ao acesso de informações independentes e sem censura continua”, informou o relatório.

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Na semana passada, o governo também criticou o Irã por seu “contínuo” apoio ao terrorismo. Cuba foi identificada como “um país que patrocina o terrorismo” em 2014, mas foi retirado da lista no começo de 2015.

As autoridades norte-americanas também afirmaram que durante as negociações sobre um acordo nuclear, que serão retomadas em Viena neste final de semana – com o prazo final marcado para o dia 30 de junho – não serão tratadas outros questões que os EUA têm com o Irã, como o apoio do país ao terrorismo e seu histórico de violações de direitos humanos. Entretanto, o Departamento de Estado norte-americano declarou que um acordo nuclear pode abrir as portas para uma aproximação maior – o que pode incluir a discussão desses temas. Fonte: Associated Press.