EUA: Confronto na Líbia muda a favor de Kadafi

O conflito civil na Líbia está mudando a favor do coronel Muamar Kadafi, cujas forças estão “fartamente equipadas” com armamentos russos e tendem a derrotar os insurgentes, disseram hoje funcionários da inteligência dos Estados Unidos. “Inicialmente, o impulso estava com o outro lado”, disse Ronald Burgess, diretor da Agência de Inteligência e Defesa, a senadores norte-americanos.

“Isso começou a mudar. Se o impulso no conflito passou ou não totalmente para o lado de Kadafi, neste momento, ainda não está claro. Nós chegamos agora a um estado de equilíbrio. A iniciativa pode estar, realmente, ao lado do regime”, comentou Burgess. Partidários de Kadafi têm contra-atacado os insurgentes, que haviam tomado a iniciativa quando o conflito estourou em fevereiro.

Hoje, o filho do governante, Seif Kadafi, disse que a vitória estava à vista, após forças do governo terem retomado duas cidades. As forças de Kadafi retomaram Zawiyah e também o terminal portuário estratégico de Ras Lanuf, já no leste da Líbia, onde existe uma refinaria.

“Com o tempo, eu acredito que o regime (de Kadafi) prevalecerá”, reconheceu James Clapper, diretor da inteligência nacional dos EUA, em audiência no Senado americano. “Com todo o respeito aos insurgentes da Líbia, e sem levar em conta se eles vencerão ou não, eu acredito francamente que eles estão rumando para um beco sem saída”.

Clapper afirma acreditar que Kadafi não tem a intenção de renunciar, após mais de 41 anos no poder. Segundo ele, as defesas antiaéreas líbias, incluídos radares e mísseis terra-ar, permanecem “bem substanciais”. “O arsenal líbio é o segundo maior do Oriente Médio, após o egípcio”, e Kadafi propositalmente se cercou de militares bem escolhidos, bem treinados e com melhores armamentos.

O diretor afirmou que duas brigadas líbias em especial, a 32ª e a 9ª, são “muito leais” a Kadafi, e são também as que possuem “armamento russo, o que inclui defesa aérea, artilharia, tanques e equipamentos mecanizados”. Contudo, “parte dos armamentos caiu nas mãos dos insurgentes”, lembrou Clapper. As informações são da Dow Jones.

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