O Departamento de Estado americano concedeu visto de entrada em território dos Estados Unidos a um parlamentar egípcio membro do grupo islamita Gama’a al-Islamiyya, considerado terrorista por Washington e sujeito a sanções.

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A porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, reconheceu nesta sexta-feira que o parlamentar Hani Nour Eldin obteve um visto junto a outros cinco legisladores egípcios para participar de uma conferência em Washington. Ela se reuniu com o subsecretário de Estado, William Burns, e outros altos funcionários americanos para tratar do assunto.

Em sua chegada à capital americana, Eldin admitiu à imprensa ser membro do Gama’a al-Islamiyya, que abandonou as armas em 1998, mas que os Estados Unidos mantêm em sua lista de organizações terroristas estrangeiras devido aos atentados que cometeu nos anos 1990, responsáveis por mais de mil mortes.

A inclusão de um grupo nessa lista impõe restrições de viagem a todos seus membros, proibidos de viajar aos EUA e de realizar transações financeiras com americanos. “Estamos revisando as circunstâncias da concessão do visto neste caso particular”, indicou Nuland em sua entrevista coletiva diária.

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“O que posso dizer é que qualquer pessoa que receba um visto passa por uma série de investigações sobre seus antecedentes. No entanto, essas investigações dependem da integridade das informações às quais temos acesso quando averiguamos”, acrescentou a porta-voz.

Gama’a al-Islamiyya fundou há um ano um partido político, denominado “A Construção e o Desenvolvimento”, e concorreu às eleições legislativas de novembro no Egito, pelas quais Eldin conseguiu sua cadeira.

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