O Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei para suspender a proibição das exportações de petróleo bruto, estabelecendo a possibilidade de votação pelo Plenário da Casa num projeto que o presidente dos EUA, Barack Obama, se opõe.
A Casa Branca argumenta que a decisão de suspender a proibição cabe ao Departamento de Energia, não à Câmara. O comitê conseguiu aprovar o projeto com 31 votos a favor e 19 contra. Três democratas se juntaram aos republicanos em apoio ao projeto.
Os legisladores que apoiam a suspensão da proibição argumentam que o boom da extração de petróleo tornou as restrições obsoletas. A proibição já dura 40 anos.
“Muitos estudos, incluindo do Departamento de Energia (DoE), mostram que liberar as exportações de petróleo poderia gerar empregos”, disse Fred Upton, presidente do Comitê de Energia.
Os que se opõem ao projeto afirmam que permitir as exportações beneficiaria as grandes petroleiras em detrimento dos consumidores americanos e até mesmo da segurança nacional. Os EUA ainda importam 25% do petróleo utilizado por empresas e consumidores, um número que pode subir caso parte da produção americana seja desviada para mercados internacionais, de acordo com a deputada Anna Eshoo.
“No melhor dos cenários, permitir as exportações poderia reduzir os preços de gasolina em cerca de US$ 0,02 por galão – um benefício muito pequeno para os consumidores, mas muito grande para as petrolíferas”, afirmou Eshoo.
O líder da maioria na Câmara, Kevin McCarthy, afirmou que a Casa pode votar na proibição das exportações no final deste mês.
Mitch McConnell, líder da maioria no Senado, também apoia a suspensão da proibição. Ele disse, em uma rodada de negócios, que “já é hora de se livrar de uma relíquia dos anos 70, a proibição das exportações de petróleo”.
O secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, acusou os republicanos de tentar beneficiar as grandes indústrias do petróleo. Ele estimulou os republicanos a apoiar os esforços para eliminar os subsídios às petroleiras e apoiar investimentos em fontes de energia renováveis. Fonte: Dow Jones Newswires.
