EUA cobram condições para negociar com Pyongyang

O secretário-assistente de Estado americano, Christopher Hill, principal negociador nuclear dos Estados Unidos, disse nesta quinta-feira (13) que a Coréia do Norte deve incluir todos os elementos de seu programa de armas nucleares em sua prometida declaração formal. Com isso, ele espera retomar o desarmamento norte-coreano. Hill afirmou que havia uma margem para flexibilidade em relação ao formato do documento. Durante o encontro com o negociador da Coréia do Norte, porém, ele lembrou que "a declaração deve ser completa e correta".

Segundo Hill, o encontro ocorreu após um pedido da Coréia do Norte. As conversas devem continuar amanhã, informou o norte-americano. Hill e o vice-ministro de Relações Exteriores norte-coreano, Kim Kye Gwan, tentarão fazer avançar as conversas sobre o programa nuclear de Pyongyang, paralisadas atualmente. Gwan não falou aos repórteres antes do encontro, realizado no escritório dos EUA nas Nações Unidas, em Genebra, Suíça. "Temos que ter alguma movimentação. Nós já estamos dez semanas atrasados", disse Hill, referindo-se ao prazo anteriormente fixado pela Coréia do Norte. O país havia se comprometido a fazer um relatório completo sobre seu programa até o fim de 2007.

Em declarações anteriores, Hill havia dito que qualquer lista deve incluir detalhes sobre o suposto programa secreto de enriquecimento de urânio do país. Pyongyang já fez avanços neste caso, fechando e começando a desativar seu principal reator nuclear. Mas o progresso cessou. A Coréia do Norte reclamou que o auxílio energético prometido estava atrasado. Washington rebateu, alegando que o país precisava primeiro fornecer detalhes sobre seu programa nuclear, como condição para receber assistência, e a Coréia em seguida garantiu ter fornecido uma lista de seus programas nucleares para os EUA.

Desde então, os EUA, as duas Coréias, a China, o Japão e a Rússia têm tentado solucionar a questão. A Coréia do Sul expressou otimismo ontem em relação ao caso. A principal questão é se a Coréia do Norte possui um programa nuclear clandestino que utiliza urânio e se o país dividiu sua tecnologia nuclear com outras nações. Pyongyang nega as duas acusações.

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