Forças especiais dos Estados Unidos capturaram o principal cientista responsável por produzir armas químicas do grupo extremista Estado Islâmico, disseram autoridades iraquianas.
A ação ocorreu no mês passado e faz parte da política mais agressiva de Washington para perseguir jihadistas em solo. Desde dezembro, a administração do presidente Barack Obama vem empregando forças em solo no Iraque dedicadas a capturar e matar líderes do Estado Islâmico, além de coletar informações para auxilia a inteligência.
Na semana passada, autoridades norte-americanas disseram que uma equipe havia capturado um dos líderes do Estado Islâmico, mas não disseram quem era.
Dois oficiais iraquianos identificaram o homem como Sleiman Daoud Al-Afari, que trabalhou no governo de Saddam Hussein com armas químicas e biológicas. Eles disseram que Al-Afari, que tem cerca de 50 anos de idade, dirigia uma unidade do grupo extremista especializada em pesquisar e desenvolver armas químicas. Ele foi capturado em Tal Afar, cidade no norte do Iraque.
A notícia é um golpe nos esforços do Estado Islâmico de desenvolver armas químicas. Nos últimos tempos, o grupo vem reunindo cientistas que trabalhavam para o regime de Hussein para se armar de artefatos químicos e biológicos. Alguns acreditam que o os terroristas já possuem pequenos estoques de gás mostarda, e que pretendem criar estoques de sarin, arma química de extrema potência sobre o sistema nervoso. Alguns testes confirmam que o gás mostarda foi usado em uma cidade síria que era atacada pelo Estado Islâmico em agosto de 2015. Outros relatos não confirmados dão conta do uso do mesmo agente tanto no Iraque quanto na Síria. Fonte: Associated Press.