A comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos reconheceu como genocídio o massacre de 1,5 milhão de armênios cometido pelo Império Otomano na 1º Guerra. Foram 23 votos a favor e 22 contra. A administração de Barack Obama tentou impedir a votação, que provocou uma dura reação da Turquia. O temor da Casa Branca, agora, é que a resolução seja levada a plenário. Para os armênios, a resolução é um estímulo à luta pelos direitos humanos.
“Condenamos esta resolução que acusa a nação turca por um crime que ela não cometeu”, disse o premier turco, Recep Erdogan, em comunicado. O embaixador da Turquia em Washington foi chamado a Ancara para consultas.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, entrou em contato com autoridades turcas. Em 2007, a mesma comissão aprovou o reconhecimento do genocídio, mas o governo George W. Bush evitou que a Câmara o votasse. A estratégia da Casa Branca, agora, será a mesma.
Obama, antes de ser eleito, chegou a afirmar que o reconheceria. Mas, desde que tomou posse, tem evitado o tema para não entrar em choque com a Turquia, país que é um importante aliado na Otan e pode ser fundamental na aprovação de uma resolução com novas sanções ao Irã.