Os Estados Unidos estudam lançar ataques cirúrgicos contra bases da Al-Qaeda no Iêmen. A ação, não confirmada oficialmente, seria uma resposta ao frustrado atentado contra um avião com destino a Detroit, no Dia de Natal. O terrorista, de origem nigeriana, argumenta ter recebido ajuda da rede terrorista que tem bases no território iemenita.

continua após a publicidade

Autoridades do Iêmen negam e afirmam que apenas as tropas do país manterão as operações contra a Al-Qaeda. O ministro das Relações Exteriores iemenita, Abu Bakr al-Qirbi, disse não existir necessidade de ataques aéreos americanos. Segundo o chanceler, a ajuda americana deve ser restrita à assistência técnica e informações de inteligência. Dias antes da tentativa de atentado nos EUA, integrantes da organização liderada por Osama bin Laden foram bombardeados pela Força Aérea de Sanaa, que realiza operações periódicas contra a Al-Qaeda da Península Arábica, que transformou o território iemenita no reduto da rede.

Os EUA estudam ainda, depois da ação em Detroit, elevar de US$ 70 milhões para US$ 190 milhões a contribuição anual para o regime do presidente Ali Abdallah Saleh combater o terrorismo. O problema, na avaliação de membros da área de segurança americana, segundo a rede de TV CNN, é que o Iêmen não tem capacidade de enfrentar sozinho a Al-Qaeda mesmo com mais ajuda financeira. A saída seria a ação aérea americana.

No passado, os EUA bombardearam alvos no Sudão e no Afeganistão – mesmo antes da guerra -, depois de atentados da rede terrorista. A Líbia também foi alvo dos americanos pela explosão de um avião num atentado sem relação com a Al-Qaeda. No ano passado, os EUA bombardearam uma área síria na fronteira com o Iraque por onde supostamente passavam militantes para o território iraquiano. Ao contrário dessas ações no passado, os EUA poderiam lançar os ataques sem anunciar publicamente, de acordo com as autoridades citadas pela CNN. A administração de Barack Obama usaria caças, aviões não-tripulados e mesmo mísseis nos ataques. Alguns ações talvez já tenham ocorrido, sem divulgação oficial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

continua após a publicidade