Os Estados Unidos trabalharam nos bastidores para ajudar Israel a limitar as investigações da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre crimes de guerra cometidos durante a ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza – entre o final de 2008 e início de 2009 -, segundo informações da revista especializada Foreign Policy publicadas hoje.

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A publicação baseou-se em telegramas exclusivos fornecidos pelo site dedicado ao vazamento de informações secretas WikiLeaks. Os documentos expõem medidas tomadas pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, com o objetivo de evitar uma investigação mais meticulosa sobre supostos abusos cometidos durante o conflito.

Cerca de 1.400 palestinos e 13 israelenses foram mortos durante as três semanas de ofensiva israelense entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, cuja justificativa foi interromper os ataques de foguetes palestinos contra Israel.

De acordo com um telegrama, Rice falou três vezes com o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon no dia 4 de maio de 2009 pedindo a ele que retirasse as recomendações para uma investigação mais rigorosa de um comitê investigativo sobre os ataques contra instalações da ONU em Gaza. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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