A Casa Branca planeja anunciar que o presidente dos EUA, Barack Obama, irá reverter uma antiga política que permite que imigrantes cubanos que cheguem ao território norte-americano sem visto permaneçam no país e possam pedir o green card após um ano, afirmaram funcionários do governo. A exceção para imigrantes cubanos está em vigor desde os anos 1990 e permite que os cubanos que cheguem ao território do país permaneçam, enquanto aqueles que são pegos no caminho são enviados de volta. Essa política é conhecida como “pé molhado, pé seco”.

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Os que recebem permissão para ficar também podem receber benefícios que os EUA concedem a refugiados, como assistência financeira e cobertura de saúde. A política, que na prática encoraja cubanos a fugir do país, tem sido parte de da estratégia econômica, imigratória e de política externa usada por Washington. O regime de Havana se opõe a essa norma, argumentando que ela drena seus recursos.

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A decisão de Obama de reverter a política uma semana antes de deixar o posto marca uma das medidas finais para consolidar o esforço iniciado em 2014 para restaurar relações com Cuba. Colocar os cubanos como iguais aos imigrantes de outros países seria um sinal de relações mais normalizadas, mas é também um passo que o governo cubano desejava.

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Antecipando o possível fim da política, muitos cubanos têm seguido para os EUA desde que Obama e o presidente cubano, Raúl Castro, anunciaram os planos de restaurar as relações, em dezembro de 2014. No ano fiscal de 2016, mais de 46 mil cubanos entraram nos EUA, acima dos 43 mil de 2015 e dos 24.278 de 2014, segundo o Pew Research Center.

Trump tem se posicionado a favor de conter a imigração, mas também criticou a ação norte-americana para normalizar as relações com Cuba. Fonte: Dow Jones Newswires.