Paris – Certos medicamentos, como a aspirina e o paracetamol, podem impedir a “masculinização” do cérebro de embriões ou crias recém-nascidas de mamíferos, revelou uma experiência feita com ratos, cujos resultados serão publicados na edição de junho da revista científica britânica Nature Neuroscience.
Machos de ratos expostos durante a gestação ou pouco depois de seu nascimento a remédios que bloqueiam a síntese da prostaglandina-E2 (ácidos graxos presentes no sêmen e no cérebro), e que têm ações fisiológicas variadas e intensas, mostram na idade adulta um comportamento sexual pouco ativo, segundo a pesquisa feita por cientistas da Universidade de Maryland, em Baltimore (EUA). “Estes resultados inesperados reforçam a idéia de que uma mulher grávida deve evitar ingerir medicamentos, inclusive os que hoje parecem mais benignos”, reforçou outro artigo assinado por vários outros cientistas, entre os quais Marc Breedlove (Michigan State University).