O reforço na fiscalização e regras mais duras levaram a uma forte queda na exploração ilegal de madeira no mundo, afirmou o grupo britânico Chatham House, em relatório divulgado hoje. Com isso, ficaram a salvo das serras uma grande quantidade de florestas e foi emitido menos gás carbônico.

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A ação internacional contra a exploração ilegal de madeira ajudou a proteger até 17 milhões de hectares de florestas nos últimos anos, segundo o relatório. Desde 2002, afirma o grupo, a produção global total de madeira ilegal caiu em quase 25%.

Um dos autores do estudo, Sam Lawson, disse esperar que regulamentações mais recentes, como a lei da União Europeia aprovada na semana passada, para proibir a importação de madeira ilegal até 2012, reduzam ainda mais o corte ilegal.

O relatório afirma que o corte ilegal de madeira na Amazônia caiu entre 50% e 75%, com reduções similares na Indonésia e em Camarões. Mas a situação permanece preocupante. Em 2008, cerca de 100 milhões de metros cúbicos de madeira foram ilegalmente extraídos do Brasil, Indonésia, Camarões, Gana e Malásia. Se colocadas lado a lado, as toras de madeira extraídas dariam mais de dez voltas no planeta.

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Leis

Novas leis, como a aprovada nos EUA, em 2008, criminalizaram a posse de madeira ilegal. Nos países produtores, há mais fiscalização em locais como os parques nacionais da Indonésia.

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Alguns ativistas, como Paulo Adário, coordenador da campanha pela Amazônia do Greenpeace, lembram que a crise internacional também teve sua responsabilidade para a redução do corte ilegal de madeira.

Boa parte dessa madeira é processada na China e retorna ao Ocidente como madeira compensada ou móveis. Os EUA, o Reino Unido, o Japão, a França e a Holanda gastaram US$ 8,4 bilhões comprando madeira ilegal em 2008, afirma o documento.