O movimento estudantil chileno anunciou hoje uma série de mobilizações, entre elas uma nova greve nacional na próxima quinta-feira, após o governo ter aceitado somente duas das quatro condições que os estudantes impuseram para iniciar um diálogo entre as partes.
A decisão foi tomada durante uma assembleia da Confederação de Estudantes do Chile (Confech) que durou mais de 10 horas, ocasião em que revelaram esperar que as mobilizações sejam adotadas por outras organizações sociais.
Outra grande mobilização está programada para o dia 29 de setembro, quando acaba o prazo para que o Executivo chileno envie ao Congresso o projeto de orçamento para o próximo ano, para em seguida entregar as projeções oficiais para 2012.
Segundo o porta-voz da Universidade de Valparaíso, Sebastián Farfán, os estudantes irão mostrar nas ruas “que este movimento tem caráter histórico” e que estão dispostos a continuar até o fim. “Queremos demonstrar ante um governo intransigente que nossas demandas são completamente atuais”, acrescentou Farfán.
O ministro de Educação do Chile, Felipe Bulnes, por sua vez, descartou reprogramar o ano letivo e se negou a paralisar os projetos de lei do setor educacional em andamento no Congresso, duas das reivindicações centrais dos estudantes. Segundo ele, fica difícil negociar sob a lógica do tudo ou nada.
Há cerca de quatro meses, estudantes e funcionários do setor educacional realizam protestos para pedir um sistema de ensino acessível e de qualidade no país.
