Uma explosão em um popular café de Marrakech matou 14 pessoas e deixou outras 20 feridas hoje, afirmou o Ministério do Interior do Marrocos. Segundo o governo, citado pela agência estatal MAP, a explosão no local, popular entre turistas, parece ter sido um “ato criminoso”.

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A explosão no café Argana, na praça turística de Djemma el-Fna, foi o ataque mais violento no país africano em oito anos. O porta-voz do governo marroquino, Khalid Naciri, disse que as 14 pessoas mortas eram de várias nacionalidades, mas não disse quais. “Nós trabalhamos uma hora, talvez mais, com a hipótese dessa explosão ter sido acidental. Mas os resultados iniciais da investigação confirmam que nós fomos confrontados com um verdadeiro ato criminoso”, disse Naciri à televisão 24 da França.

O rei do Marrocos, Mohammed IV, ofereceu os pêsames às vítimas e ordenou aos ministérios do Interior e da Justiça que conduzam uma investigação “para determinar as causas, a razão e os objetivos dessa explosão criminosa”, informou a MAP.

Pelo menos dois cidadãos franceses estão entre as vítimas do ataque e o escritório da promotoria de Paris disse que abrirá uma investigação. Não está claro se os franceses estão entre os mortos ou entre os feridos. A França foi metrópole colonial do Marrocos e o país atrai muitos turistas franceses, bem como espanhóis, outro país que dominou a região.

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A chancelaria espanhola não sabe até o momento se espanhóis foram atingidos na explosão. O cônsul da Espanha em Casablanca disse que está investigando se espanhóis estão entre as vítimas. Um turista português que estava perto do café na hora explosão acredita que a maioria dos mortos e feridos eram turistas, por causa das roupas ocidentais que usavam.

“Ocorreu um barulho enorme e um monte de fumaça subiu, destroços caiam do céu. Centenas de pessoas correram pela praça em pânico, algumas saindo do café, outras para fora da praça. A fachada inteira do café foi destruída”, disse Andy Birnie, um turista britânico que estava no local e assistiu a tudo.

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Suspeita-se que o Grupo Combatente Islâmico do Marrocos pode ter ligações com o ataque. O grupo extremista foi vinculado aos atentados a bomba em Madri em 2004. A Al-Qaeda também possui uma sucursal extremista no Norte da África que tem conduzido não apenas atentados, como sequestros e outras atividades criminosas no Magreb. As informações são da Associated Press.