Os governos dos Estados Unidos e da Colômbia elogiaram nesta terça-feira (10) o pedido do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) encerrem a luta armada no país, iniciada há 44 anos. As informações são da BBC Brasil e da agência argentina Telam.
Durante discurso em seu programa semanal, no último domingo (8), Chávez pediu ainda a libertação de 39 reféns mantidos em cativeiro pelo grupo armado.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Sean McCormack, avaliou que o pedido, direcionado ao atual líder da guerrilha, Alfonso Cano, foi bem recebido pelo governo do presidente George Bush.
Segundo ele, a atitude deveria servir como um primeiro passo para o distanciamento da Venezuela e de seu líder, Hugo Chávez, das relações mantidas com guerrilheiros.
"Veremos se as palavras do presidente Chávez são apenas isso: palavras. Veremos se chegam seguidas de ações concretas", afirmou.
Já o ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, acredita que a mudança de discurso por parte de Chávez, em relação às Farc, pode reaproximar Colômbia e Venezuela.
Santos ressaltou ainda que o governo de Álvaro Uribe espera que o comentário de Chávez traga resultados para os conflitos na região.
"Nosso objetivo estratégico principal é que nossos vizinhos colaborem na luta contra o terrorismo", afirmou.
O ministro do Interior da Colômbia, Carlos Holguin, classificou a declaração de Chávez de "surpreendente", pois o líder venezuelano é um "defensor e aliado da guerrilha".