Militantes do grupo extremista Estado Islâmico decapitaram o ex-diretor do Departamento de Antiguidades e Museus da cidade antiga de Palmira, na Síria, Khaled al-Asaad, de 81 anos, e, em seguida, penduraram o corpo em uma das colunas romanas da cidade, informaram a mídia estatal síria e um ativista nesta quarta-feira.
O assassinato de Khaled al-Asaad foi a mais recente atrocidade feita pelo grupo militante, que conquistou um terço da Síria e do Iraque e se auto declarou califado nos territórios controlados.
De acordo com a agência de notícias estatal síria Sana e o Observatório de Direitos Humanos da Síria com base na Grã-Bretanha, al-Assad foi decapitado na terça-feira em uma praça em frente ao museu da cidade. O Observatório, que tem uma rede de ativistas na Síria, disse que dezenas de pessoas se reuniram para testemunhar o assassinato. Al-Asaad tinha sido sequestrado pelo Estado Islâmico há um mês, acrescentou.
Seu corpo foi levado até sítio arqueológico de Palmira e pendurado de uma das colunas romanas, disse Maamoun Abdulkarim, chefe do Departamento de Antiguidades e Museus em Damasco, de acordo com a agência Sana.
Al-Asaad era “um dos mais importantes pioneiros na arqueologia síria no século 20”, disse Abdulkarim. “Os militantes tentaram extrair informações dele sobre onde alguns dos tesouros da cidade tinham sido escondidos para serem protegidos dos militantes”, acrescentou.
Segundo a aGência Sana, al-Asaad foi encarregado do sítio arqueológico de Palmira por
quatro décadas até 2003, quando se aposentou. Depois de se aposentar, al-Asaad trabalhou como especialista no Departamento de Antiguidades e Museus.