Em nova gravação de áudio divulgada no domingo, o porta-voz do Estado Islâmico, Abu Mohammed Al-Adnani, afirmou que os militantes estão prontos para enfrentar a coalizão internacional liderada pelos EUA e convocou muçulmanos de todo o mundo a matar civis das nações que se juntarem à luta contra o grupo extremista.
O áudio de aproximadamente 42 minutos foi divulgado em árabe pelo centro de mídia do Estado Islâmico, Al-Furqan, e foi publicado em sites geralmente usados pelo grupo. A voz era semelhante a usada em outras gravações já atribuídas ao porta-voz Al-Adnani.
Na gravação, Al-Adnani garante que a coalização internacional não será capaz de derrotar os jihadistas e pede que os homens “que temem a Deus” matem os infieis dos países que lutam contra o Estado Islâmico. O porta-voz pede que policiais, agentes de inteligência e até civis sejam assassinados, afirmando que tais mortes contam com o apoio de “Alá”.
“Mate os infieis americanos e europeus – principalmente os franceses, rancorosos e imundos. Mate australianos, canadenses, ou qualquer outro infiel, incluindo os cidadãos das nações que se juntarem à coalização contra o Estado Islâmico”, disse.
Respondendo às ameaças de Al-Adnani, o ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, disse estar confiante na segurança do país. “Essas ameaças, adicionadas à execução de reféns e aos massacres, são mais uma demonstração da barbárie destes terroristas e justificam a nossa luta, sem trégua e nem pausa”, afirmou aos jornalistas nesta segunda-feira.
“A França não tem medo porque está preparada para responder às ameaças”, acrescentou o ministro. O país se juntou aos EUA no combate ao Estado Islâmico e realizou ataques aéreos nas aéreas dominadas pelos militantes no Iraque.
Os EUA já reuniram cerca de 40 países para participar na guerra contra o Estado Islâmico. O governo de Barack Obama também está fazendo planos para treinar mais de 5.000 rebeldes sírios na Arábia Saudita para reforçar os combates contra o grupo extremista em solo.
Ainda no áudio divulgado no domingo, Al-Adnani pediu que pais impeçam que seus filhos entrem para grupos rebeldes que irão receber treinamento norte-americano para combater o Estado Islâmico, garantindo que, se o fizerem, os jihadistas “vão obrigá-los a cavar suas covas com suas próprias mãos, terão suas cabeças cortadas e casas incendiadas”. Fonte: Associated Press.