Estado de saúde de dissidente cubano piora a cada dia

Há um mês em greve de fome para pedir a libertação de 26 presos políticos cubanos cuja condição de saúde teria se deteriorado, o psicólogo e jornalista Guillermo Fariñas permanecia hospitalizado, e na Unidade de Terapia Intensiva, na semana passada, quando o jornal O Estado de S. Paulo visitou Santa Clara, cidade onde ele vive. Seu estado piorava dia a dia.

Alimentado por uma sonda, Fariñas começou a semana com uma febre que poderia ser um indício de infecção. Tinha dores nas juntas e uma dor de cabeça muito forte, segundo a mãe dele, Alícia Hernandez Cabeza, de 75 anos. Apesar de respeitar a decisão do filho, ela é contra a greve de fome. “Nenhuma mãe pode ser a favor de algo que pode levar o filho a ir definhando até a morte”, explicou, emocionada, na pequena residência em que mora com Fariñas, a outra filha e uma neta. A mulher, Clara Gómez, e a filha do psicólogo, de 8 anos, moram em outra cidade.

Fariñas começou seu jejum em 24 de fevereiro, após a morte do preso político Orlando Zapata, também em greve de fome, e durante uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Cuba. Na UTI, a família se reveza em turnos de 6 horas como acompanhante do dissidente.

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