O Parlamento do Timor Leste aceitou a extensão por dez dias do estado de emergência imposto depois das tentativas de assassinato perpetradas contra o presidente e o primeiro-ministro do país, há dois dias. O primeiro-ministro timorense, José Alexandre Xanana Gusmão, que escapou ileso de atentado, havia requisitado ao Parlamento a ampliação do estado de emergência por considerar que a medida "é do interesse do povo, para que se possa viver em paz e normalidade". A extensão do estado de emergência foi aprovada por 30 votos a favor e 14 abstenções.
O estado de emergência proíbe a realização de manifestações, amplia o poder da polícia e impõe um toque de recolher noturno. As tentativas de assassinato de segunda-feira, qualificadas pelo governo como uma tentativa de golpe de Estado na nação, foram lideradas pelo comandante rebelde Alfredo Reinado, morto no atentado contra o presidente José Ramos-Horta, que sobreviveu ao ataque, mas ficou gravemente ferido e está em observação na Austrália.