A esposa do homem-bomba que matou sete funcionários da Agência Central de Inteligência (CIA) no Afeganistão afirmou hoje estar orgulhosa do marido. “Eu não tenho vergonha. Ele fez isso contra a ocupação americana (no Afeganistão)”, disse a turca Defne Bayrak aos repórteres em Istambul, onde ela vive.

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“Ele executou uma grande operação nesta guerra. Eu espero que Alá (Deus) aceite o martírio, se ele virou um mártir”, disse ela, segundo informou a agência estatal de notícias da Turquia, a Anatólia.

O marido de Defne Bayrak, o jornadiano Humam Khalil Abu-Mulal al-Balawi, utilizou os explosivos presos ao seu corpo numa base militar dos Estados Unidos no Afeganistão, perto da fronteira paquistanesa, em 30 de dezembro. Este foi considerado o pior ataque contra a CIA desde 1983.

Funcionários da polícia turca dizem que eles pediram a Bayrak que responda a algumas questões elaboradas pela unidade antiterrorismo de Istambul. Bayrak, que falou aos jornalistas vestindo um xador preto, disse não acreditar que seu marido fosse um agente duplo que trabalhasse para a CIA, porque “ele era um inimigo da América”.

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“Meu marido não era um espião porque ele era inimigo da América”, afirmou. Os dois se casaram em 2001 em Istambul, onde Balawi estudava medicina, e se mudaram para a Jordânia em 2002, após ele ter finalizado o curso. Nenhum dos dois tem antecedentes criminais na Turquia, informou a Anatólia.

Bayrak, que vive em Istambul com as duas filhas do casal desde outubro, descreveu seu marido como um “crente” que era ativo em fóruns de jihadistas na internet. Bayrak, que é graduada em jornalismo, escreveu e traduziu livros e artigos para publicações islamitas na Turquia.

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As informações são da Dow Jones.