Veronica Lario, esposa do próximo chefe de governo italiano, Silvio Berlusconi, afirmou em uma entrevista que não irá exercer as funções de primeira dama.

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"Fora os compromissos de Estado, nunca fiz o papel de primeira-dama e seguirei não fazendo, não é um papel que se ajuste ao país", explicou.

Veronica afirmou que "a Itália não é como Estados Unidos, onde se vêem cenas arrepiantes como a do governador de Nova York que se apresenta na televisão para confessar o adultério com a esposa a seu lado, como se isso fosse uma garantia de arrependimento".

Em uma entrevista ao jornal La Stampa, a esposa de Berlusconi lembrou também dos casos de Nicolas Sarkozy e Carla Bruni, e "a história de Putin e a ginasta" e comentou: "A política quebrou os esquemas da família tradicional".

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"Deixemos a primeira-dama no sótão", acrescentou.

Na mesma entrevista, Veronica Lario, casada há 18 anos com Berlusconi, com que tem três filhos, denunciou que na Itália, "com o clima de cabaré, de brincadeira e piada, o discurso sobre a presença feminina na política se embruteceu".

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Segundo a esposa de Berlusconi, existe "um clima que penaliza as mulheres valiosas como Anna Finocchiaro", dirigente do Partido Democrata e candidata derrotada ao governo da região da Sicília nas eleições dos últimos dias 13 e 14 de abril.

"Foi derrotada drasticamente na Sicília também porque o país olha as mulheres com desconfiança. Como disse Daniela Santanche (do partido A Direita), o país as vê na horizontal", explicou.