Especialistas em florestas que participam desde ontem na capital argentina do 13º Congresso Florestal Mundial fizeram um apelo para que as medidas para conter o desflorestamento sejam concretizadas. “Sobre o sistema florestal mundial, existem inúmeros documentos e declarações. Mas, simultaneamente, há um déficit enorme de instrumentos para transformá-los em fatos concretos”, afirmou o secretário de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Argentina, Homero Bibiloni, na abertura das sessões.
O objetivo do congresso é criar um fórum de discussão e trocar experiências. A programação vai até sexta-feira. Participam mais de 4,5 mil especialistas, autoridades e integrantes de organizações não-governamentais (ONGs) ambientais. E pela primeira vez, um encontro desse tipo englobará rodadas de negócios e um fórum de investimentos e financiamentos para a indústria florestal.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entre 1990 e 2005 as florestas perderam uma área equivalente a 3% da superfície mundial. Além disso, de acordo com a organização, 20% das emissões de gases do efeito estufa são provocadas pela derrubada das matas. Mas a FAO afirma que o ritmo do desflorestamento perdeu velocidade – entre 1990 e 2000 o mundo perdia 8,9 milhões de hectares de floresta por ano; entre 2000 e 2005, o volume caiu para 7,3 milhões.