A polícia espanhola prendeu hoje quatro supostos membros do grupo Pátria Basca e Liberdade (ETA). Os quatro suspeitos formavam um comando e foram detidos de madrugada na província basca de Vizcaya. Em revistas posteriores, os agentes encontraram até 200 quilos de material para fabricação de explosivos, além de muita documentação.

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As primeiras investigações apontam que os membros do ETA detidos podem estar envolvidos no assassinato do inspetor de polícia Eduardo Antonio Puelles, em 2009, e na colocação de um carro-bomba em um quartel da Guarda Civil em Burgos, no mesmo ano.

“A política antiterrorista não mudou, e é assim porque o ETA não deixou a violência”, afirmou o ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, em entrevista coletiva. “Enquanto não o faça, a Guarda Civil e a polícia seguirão detendo até o final do ETA ser definitivo.”

A organização armada declarou em setembro uma trégua unilateral e em janeiro ampliou a declaração com um “cessar-fogo permanente, geral e verificável”. O grupo não abandonou, porém, as armas.

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Rubalcaba disse que o governo socialista não está disposto a negociar e que o único que espera do grupo é sua dissolução e o abandono da violência. O ETA é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE). O grupo já matou mais de 825 pessoas desde o final dos anos 1960, em sua campanha por um país basco independente da Espanha e da França. As informações são da Associated Press.