A polícia espanhola prendeu nesta quinta-feira (16) 13 homens acusados de apoiar extremistas islâmicos – incluindo vários suspeitos de envolvimento nos atentados de 2004 em Madri – e ajudá-los a fugir do país. A polícia realizou as prisões antes do amanhecer, em quatro cidades do nordeste espanhol, perto de Barcelona. Também houve operações em Madri e em Algeciras, no sul espanhol, informou o Ministério do Interior.
Pelo menos oito dos detidos são marroquinos. A nacionalidade dos outros presos não foi divulgada. As prisões são em parte fruto de uma operação policial realizada em 2005. Naquela ocasião a Espanha desarticulou uma célula terrorista que supostamente recrutava pessoas para cometer ataques suicidas contra as forças lideradas pelos Estados Unidos no Iraque e em outros alvos determinados pela Al-Qaeda, segundo o ministério.
Os 13 detidos de hoje são suspeitos de abrigar extremistas islâmicos, incluindo pelo menos cinco suspeitos pelos atentados em trens de Madri, em 11 de março de 2004, que mataram 191 pessoas. Além disso, os suspeitos também teriam ajudado essas pessoas a deixar o território espanhol. Militantes islâmicos reivindicaram a autoria desses atentados, dizendo agir em nome da Al-Qaeda, como uma vingança pela presença de tropas espanholas no Iraque. Contudo, autoridades espanholas afirmam não terem encontrado qualquer prova de que a Al-Qaeda financiou ou ordenou o ato.
Investigadores espanhóis acreditam que um dos suspeitos pelos ataques, o marroquino Mohamed Afalah, morreu em um atentado suicida no Iraque, em 2005. Um documento confidencial citado em jornais espanhóis aponta que outro fugitivo, o argelino Daoud Ouhnane, morreu no Iraque enquanto confrontava as forças da coalizão.