O governo espanhol qualificou nesta terça-feira (22) sua Lei de Imigração como sendo “mais segura” que a diretiva européia de repatriação de estrangeiros em situação ilegal, e prometeu “refletir” sobre a questão do reagrupamento familiar de imigrantes, que se pretende restringir antes de 2009.
O Parlamento europeu aprovou no meio do último mês de junho a “diretiva de retorno”, que recebeu duras críticas da América Latina por prever que imigrantes sem documentos podem ser mantidos presos por até 18 meses durante os trâmites de repatriação.
O ministro para o Trabalho e Imigração da Espanha, Celestino Corbacho, afirmou nesta terça-feira que a diretiva européia estabelece o “mínimo”, por mais que respeite as legislações nacionais sobre imigração. Com relação a isso, Corbacho disse que a diretiva “não tem por que afetar nossa legislação, que é muito mais segura”.
O governo da Espanha anunciou no último dia 19 de junho que irá apoiar uma reforma na Lei de Imigração, que pretende ampliar de 40 a 60 dias a “prisão” de imigrantes em espera de repatriação e restringir o reagrupamento familiar de imigrantes.
Segundo Corbacho, é preciso “refletir” sobre o reagrupamento familiar, pois “ninguém questiona o direito reconhecido e garantido que têm os estrangeiros de viver em família, mas é necessário delimitar claramente o que é família e em que condições”.