Espanha desmantela grupo com vínculos extremistas

A polícia espanhola prendeu sete homens em Barcelona suspeitos de roubar passaportes para células radicais islâmicas na Tailândia e no Paquistão. Existe a suspeita de que eles colaboravam com um grupo que realizou os ataques de 2008 em Mumbai, na Índia, informou hoje o Ministério do Interior em Madri.

Os suspeitos eram seis paquistaneses e um nigeriano. Acredita-se que eles eram parte de uma rede europeia que supostamente obtinha passaportes para que eles fossem adulterados na Tailândia. Os passaportes eram depois distribuídos para células de extremistas, entre elas a Al-Qaeda e o grupo paquistanês Lashkar-e-Taiba, que realizou os ataques em Mumbai, matando 175 pessoas, e o Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelam (LTTE), do Sri Lanka, informou o ministério em comunicado.

É a última de uma série de ações da polícia nos últimos anos contra grupos locais ligados à Al-Qaeda. Terroristas islâmicos não atacam a Espanha desde os atentados com bombas em Madri, em 2004, que mataram 191 pessoas, mas seguem ativos no país. O chefe do grupo vive na Tailândia e é um cidadão paquistanês. Segundo o ministério espanhol, ele foi preso junto com outro paquistanês e um cidadão tailandês.

A polícia espanhola informou que o grupo roubou grandes quantidades de passaportes estrangeiros na Espanha – praticamente todos na região de Barcelona – durante o período de 18 meses em que foram monitorados. Os roubos haviam sido supostamente pedidos pelo líder do grupo, que vive na Tailândia e pedia passaportes com nacionalidades e idades específicas, para que se falsificassem os documentos posteriormente. As informações são da Dow Jones.

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