O presidente do Parlamento do Líbano, Nabih Berry, anunciou nesta segunda-feira (24) que a sessão para a escolha do próximo presidente do país foi adiada para o próximo mês. Trata-se do 17º adiamento da votação desde setembro do ano passado. Dividido, o Parlamento deveria se reunir na terça-feira (25) para eleger o general Michel Suleiman como presidente de consenso, mas facções rivais mantêm-se irredutíveis em suas posições sobre a partilha do poder no próximo governo.
O nome do presidente é a única coisa com a qual concordam a maioria parlamentar anti-Síria, apoiada pelos Estados Unidos, e a oposição, apoiada por Damasco. Porém, as divergências migraram para a partilha do poder e a composição do futuro governo. Além disso, a oposição exige poder de veto sobre as decisões do governo, algo que a maioria pró-EUA rejeita.
O Líbano vive atualmente a pior crise política interna desde a guerra civil (1975-1990). O presidente Emile Lahoud, pró-Síria, deixou a presidência ao término de seu mandato, em 23 de novembro do ano passado, e o cargo continua sem um titular.