Após a retirada de uma peça que quebrou quando a escavação havia alcançado 268 metros, foi retomada hoje a escavação da sonda para salvar os 33 mineiros presos no subsolo no norte do Chile, após seis dias de paralisação. Já se passaram 40 dias do acidente que deixou os mineiros presos a quase 700 metros de profundidade.

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A primeira sonda, que começou seu trabalho há duas semanas, chegou a 283 metros de profundidade, e a meta era alcançar 300 metros ainda hoje. “É um bom dia para nós, estamos contentes com a equipe de resgate que se encontra trabalhando nos três planos (diferentes de resgate)”, disse René Aguilar, coordenador da equipe.

A perfuratriz danificada ficou seis dias parada pela quebra de uma peça. Pedaços do componente ficaram no fundo do túnel e impediam o prosseguimento da perfuração. A peça foi trocada por outra, importada dos Estados Unidos. As autoridades mantêm o prazo previsto de entre três e quatro meses para o resgate. Os familiares, porém, temem que os problemas atrasem mais o processo.

Um engenheiro que assessora os familiares propôs como alternativa que um grupo entre na mina e tente abrir caminho por entre a área que ruiu recentemente. O engenheiro André Sougarret, chefe das tarefas de resgate, descartou “absolutamente” essa hipótese, notando que ela representaria um risco grande para os que entrarem na mina.

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Sonda

Sougarret disse também que está bastante avançada a montagem da terceira sonda, uma enorme máquina usada em prospecções petrolíferas. A terceira sonda, que em um mês e meio deve alcançar seu objetivo, por ser mais rápida que as outras duas, deve começar a operar na próxima segunda-feira.

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O engenheiro disse, em entrevista à rádio Cooperativa, que uma das preocupações é controlar a ansiedade dos mineiros. Os mineiros têm diversas atividades, bem como comunicação audiovisual, para que se distraiam. Além disso, têm assistência psicológica e também passaram a receber cigarros todos os dias. No próximo domingo, o presidente Sebastián Piñera deve visitar o local.

Enquanto isso, a Marinha já elaborou uma maquete da cápsula com a qual os mineiros serão içados até a superfície. A cápsula conta com oxigênio e um sistema de comunicação, além de uma alternativa de escape, para o caso de haver algum problema. Sougarret explicou, porém, que o modelo é apenas um dos avaliados para o trabalho até o momento.