A equipe do governo colombiano chegou hoje a Oslo, na Noruega, para começar a primeira etapa de negociações de paz com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que se iniciarão hoje.
A previsão é que a delegação que representa o presidente Juan Manuel Santos se reúna a portas fechadas com os representantes da guerrilha hoje e amanhã apresentem os primeiros resultados em entrevista coletiva.
Os representantes das Farc saíram de Havana na noite de terça e deverão chegar para a reunião, que começará no final da tarde em um hotel nas proximidades da capital norueguesa.
Os noruegueses formam, junto com Cuba, Venezuela e Chile, os países que respaldam o acordo entre Bogotá e o grupo armado, que se enfrentam há mais de 50 anos.
Na terça, o vice-presidente Humberto de la Calle se mostrou esperançoso com os diálogos, mas também com um otimismo moderado. O presidente Juan Manuel Santos também reiterou a intenção de acabar com o conflito armado no país.
Atraso
As delegações chegam ao país europeu após dois dias de atraso. Tanto o governo quanto o líder das Farc, Rodrigo León Londoño, o Timochenko, afirmaram na segunda que o adiamento ocorreu por razões meteorológicas.
No entanto, fontes consultadas pelo jornal espanhol “El País” disseram que o atraso da viagem também aconteceu devido aos guerrilheiros estarem esperando por um salvo-conduto que os impediria de ser capturados e presos pela Interpol.
Também foi levantada a suspeita de que o governo colombiano não teria aceitado a participação da guerrilheira holandesa Tanja Nijmeijer nas negociações. O nome dela foi proposto pelas Farc na semana passada, o que teria irritado Bogotá.
Em uma entrevista à imprensa colombiana, Timochenko revelou que o grande ausente do encontro seria Iván Márquez, impedido de sair da Colômbia. O temor se desfez nesta terça-feira, com a confirmação da chegada de Márquez em Cuba.
